A área da saúde é uma das maiores consumidoras de energia no mundo, principalmente porque hospitais e clínicas demandam eletricidade 24 horas por dia para utilizar equipamentos médicos, climatização, iluminação e sistemas robustos. No Brasil, investir em eficiência energética é sinônimo de economia para hospitais.

Porém, alcançar essa eficiência exige lidar com infraestruturas antigas, falta de planejamento e orçamentos restritos que dificultam a modernização. Sem ações estratégicas, as instituições de saúde comprometem o equilíbrio financeiro.

A boa notícia é que o investimento em gestão energética ajuda a reduzir custos sem prejudicar a qualidade do atendimento. Acompanhe a leitura para saber mais!

A importância da eficiência energética para hospitais e clínicas

Os hospitais e clínicas que trabalham 24 horas por dia consomem até 2,5 vezes mais energia por metro quadrado do que edifícios comerciais. Esse alto consumo impacta diretamente os custos, que poderiam ser direcionados para áreas de compra de equipamentos médicos ou treinamento de profissionais.

Quando se investe em eficiência energética, com sistemas inteligentes de climatização, por exemplo, é possível diminuir até 30% do consumo anual. 

Além disso, existem alguns outros benefícios da gestão energética:

  • Conformidade regulatória: adequação a normas como a ABNT NBR ISO 50001;
  • Sustentabilidade ambiental: redução da pegada de carbono, o que se alinha às metas globais de preservação do meio ambiente;
  • Resiliência operacional: diminui a dependência de fontes externas de energia, aumentando a segurança energética.

Desafios para implementar eficiência energética na saúde

Por mais que seja essencial, a implementação de medidas de eficiência energética tem diversos desafios que precisam ser superados. Aqui, é fundamental o planejamento e a inovação. Veja quais são esses problemas:

1. Alto consumo de energia

Os hospitais utilizam vários equipamentos que precisam operar continuamente, como tomógrafos, sistemas de ventilação e climatização. Esse consumo elevado exige soluções personalizadas para otimizar o uso de energia sem comprometer a qualidade do atendimento.

2. Infraestrutura desatualizada

Muitas instituições de saúde funcionam em prédios antigos, com sistemas de energia ineficientes. A modernização dessa infraestrutura pode ser complexa, pois existe a necessidade de manter as operações enquanto as reformas são realizadas.

3. Orçamento limitado

Os custos de implementação de projetos de eficiência energética são altos, especialmente em instituições que possuem verba restrita. Além disso, a falta de incentivos financeiros e subsídios também dificulta o avanço dessas iniciativas.

Planejamento estratégico para uma gestão energética

O processo de implantação de um programa de eficiência energética depende de um bom planejamento estratégico e de ações práticas. Aqui estão algumas etapas para isso:

  • Auditorias energéticas: primeiramente, é necessário identificar os principais pontos de desperdício e as áreas com maior potencial de economia;
  • Definição de metas: em seguida, deve-se estabelecer metas claras para reduzir o consumo energético;
  • Elaboração de projetos personalizados: desenvolver soluções adaptadas às necessidades do hospital ou clínica;
  • Atualização de equipamentos: substituir equipamentos antigos por modelos mais atualizados, como sistemas de climatização e iluminação de baixo consumo;
  • Energia renovável: instalar painéis solares ou aplicar outras fontes de energia limpa;
  • Capacitação da equipe: treinar os colaboradores para adotar práticas sustentáveis no dia a dia;
  • Gestão energética: implementar sistemas de monitoramento para controlar o consumo em tempo real. 

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A eficiência energética exige investimento em tecnologia e também na mudança cultural. Os engenheiros e gestores devem enxergar a energia não como custo fixo, mas como um recurso otimizável. 

Além das economias anuais milionárias, os hospitais ganham resiliência contra crises energéticas e reforçam seu papel com a transformação socioambiental. 

Por isso, enfatizamos que, atualmente, a gestão energética não deve ser uma opção, mas a chave para a sobrevivência e excelência operacional.
 
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