A água faz parte de diversos processos na indústria farmacêutica, seja nas etapas de desenvolvimento, produção e controle de qualidade de medicamentos ou, até mesmo, na limpeza dos ambientes. 

Ela é uma matéria-prima indispensável, principalmente porque atua diretamente na segurança e pureza dos produtos que chegam aos pacientes. Por causa de tudo isso, é fundamental estar atento à escolha do sistema de tratamento de água.

Neste artigo, vamos comentar sobre os principais tipos de água utilizados no setor, os métodos de purificação e como selecionar o melhor sistema para tratar a água da sua indústria farmacêutica. Continue a leitura para saber mais!

A importância da água na indústria farmacêutica

A água é a matéria-prima mais utilizada no processo de fabricação de medicamentos. Ela se destaca bastante por ser um solvente universal, porém é muito suscetível à contaminação, o que é necessário tomar cuidado com a purificação.

Além de ser utilizada na composição de medicamentos, a água também faz parte da limpeza de equipamentos, materiais e superfícies. Assim, ela ajuda a eliminar qualquer bactéria ou vírus que possam contaminar os produtos farmacêuticos. 

Para que a indústria farmacêutica tenha um direcionamento sobre os padrões de qualidade, a ANVISA e outros órgãos regulatórios estabelecem alguns critérios que certificam se a água está apta para cada aplicação. Esses requisitos dependem do tipo de produto, do processo de produção e do nível de pureza exigido. 

Tipos de água utilizados na indústria farmacêutica

A Água Purificada (AP), a Água Ultrapurificada (AUP) e a Água para Injetáveis (API) são os principais tipos utilizados, cada uma atendendo a diferentes exigências e aplicações no setor. 

Conheça mais sobre cada uma delas:

Água Purificada (AP)

A Água Purificada é obtida por meio do tratamento da água potável, a qual utiliza processos como osmose reversa, filtração e troca iônica. Ela é produzida a partir de água potável mediante técnicas avançadas de purificação. 

Outro ponto importante é que a AP é utilizada em processos menos críticos, como:

  • Preparação de soluções não parenterais;
  • Lavagem de materiais e equipamentos;
  • Produção de reagentes;
  • Análises laboratoriais de menor complexidade.

Água Ultrapurificada (AUP)

Já a Água Ultrapurificada (AUP) é muito indicada para processos que precisam de níveis altíssimos de purificação. Esse tipo de água possui baixa concentração de íons e carbono orgânico total (COT), além de uma carga microbiana quase nula. 

A sua atuação é essencial em:

  • Laboratórios de alta precisão;
  • Processos analíticos críticos;
  • Preparação de substâncias de referência.

Água para Injetáveis (API)

A Água para Injetáveis (API) é essencial para produtos parenterais e outras aplicações que necessitam o mais alto nível de pureza. Ela é obtida por destilação ou osmose reversa de alta eficiência e deve ser livre de endotoxinas. 

Nesse sentido, a API é indispensável em:

  • Fabricação de medicamentos parenterais;
  • Produção de princípios ativos estéreis;
  • Processos que requerem controle rigoroso de endotoxinas.

Os principais métodos de purificação de água

Agora que você já sabe a importância da água e seus principais tipos na indústria farmacêutica, vamos conhecer os métodos para fazer a purificação dessa matéria-prima. Veja:

Osmose reversa

É um dos métodos mais conhecidos para remoção de sais dissolvidos, substâncias orgânicas e microrganismos. A osmose reversa utiliza uma membrana semipermeável que filtra todas as impurezas na água. 

Essa tecnologia entrega alto nível de purificação, sendo bastante comum no processo de produção de AP e API. Além disso, garante alta pureza com custos relativamente acessíveis.

Eletrodeionização (EDI)

A EDI é um método avançado que combina a troca iônica com a eletrólise para purificar a água. Ele é muito útil para produzir AUP, pois entrega níveis extremamente baixos de condutividade elétrica e praticamente elimina contaminantes iônicos. 

Outro fator interessante é que sua operação contínua e a ausência de produtos químicos regenerativos fazem com que o processo seja mais sustentável.

Destilação

É o método mais tradicional para a produção de API. A destilação acontece através do aquecimento da água até sua vaporização, seguido de condensação para separá-la de impurezas. 

Por mais que consuma mais energia em comparação a outros métodos, a destilação tem a capacidade de eliminar praticamente todos os contaminantes químicos, biológicos e particulados. Assim, podemos afirmar que ela é indispensável em várias aplicações na indústria farmacêutica.

Ultrafiltração

Já a ultrafiltração necessita de membranas com poros microscópicos para reter endotoxinas, partículas e microrganismos. Ela é usada como uma etapa complementar em sistemas de purificação mais completos, ajudando a manter a conformidade relacionada aos níveis de pureza.

Apesar da ultrafiltração ser menos abrangente que os outros métodos, ela tem o papel de reforçar a qualidade microbiológica da água.

💡 Leia também — O que define a qualidade da água no CME?

Como escolher o sistema de tratamento de água 

É importante analisar alguns fatores antes de escolher o sistema ideal de tratamento de água para sua indústria. Para te ajudar nisso, separamos os seguintes critérios:

1. Entenda os requisitos regulatórios

Um sistema em conformidade com as normas da ANVISA e da Farmacopeia Brasileira é o ponto de partida. Essas regulamentações estabelecem padrões para cada tipo de água, como a AP, AUP e API.

Verifique se o sistema escolhido segue todas as especificações brasileiras. Esse cumprimento é importante para garantir a qualidade dos produtos e a segurança das pessoas.

2. Compreenda o tipo de aplicação

Identifique o tipo de água necessária para cada processo. Por exemplo:

  • API: necessária para medicamentos injetáveis e processos estéreis;
  • AUP: utilizada em etapas intermediárias de produção;
  • AP: adequada para atividades como limpeza de equipamentos.

Essa análise sobre a aplicação evita qualquer gasto desnecessário e direciona os recursos para o lugar certo.

3. Certifique-se sobre a escalabilidade do sistema

A indústria farmacêutica é dinâmica, e a demanda por água tratada pode variar ao longo do tempo. Por isso, vale a pena investir em um sistema mais escalável que não prejudique a qualidade final.

4. Verifique a manutenção e o monitoramento

A escolha de um sistema com manutenção simplificada e recursos de monitoramento em tempo real é outro fator crítico. As tecnologias avançadas ajudam em:

  • Prevenção de falhas: identificação de problemas antes que impactem a produção;
  • Ajustes imediatos: garantia de qualidade contínua da água;
  • Relatórios automatizados: facilita o momento de auditorias e documentação.

Esses recursos aumentam a confiabilidade do sistema e reduzem o risco de interrupções ou contaminações.

5. Analise o custo-benefício

Os sistemas de tratamento de água, principalmente os de última geração, exigem um investimento inicial mais alto, porém os benefícios a longo prazo compensam. Isso porque eles ajudam a reduzir os riscos na operação, minimizam os desperdícios e as paradas de produção, além de otimizar o consumo de energia e insumos.

Aqui, é indispensável ter um planejamento financeiro para considerar os custos operacionais e as vantagens relacionadas à qualidade e à performance dos sistemas.

Então, conseguiu entender como escolher o sistema de tratamento de água para sua indústria farmacêutica? Sabemos que essa decisão não é fácil, pois exige bastante cautela e estudo. 

Para que você faça uma boa escolha, lembre-se de entender sobre os requisitos regulatórios, as aplicações específicas e os principais métodos de purificação da água. 

Ao investir em um sistema bem projetado e alinhado às necessidades da sua operação, saiba que você garantirá conformidade com as normas e excelência em seus processos.

Aproveite para conhecer os produtos da Yporã para indústrias farmacêuticas. Temos elementos filtrantes que são extremamente úteis para o seu setor. 

Acesse aqui e confira agora mesmo!